domingo, 22 de agosto de 2010

8 e Meio

inesquecível, e mortal.
sonhei contigo, Evelyn, dependurado eu numa teia,
flutuando tu por sobre as ondas.
sei de algo que me mata e recordo, humildemente,
o fantasma nu que é a fantasia preferida de todos.
ei, Evelyn, vamos fugir, vamos pular da cachoeira, vamos comer chocolate até que nossa glicemia exploda, vamos conferir as estrelas que não brilham para nós, vamos catar piolhos um no outro, vamos ouvir música inútil, vamos desaprender os bons modos, vamos correr a maratona de Nova York, vamos nos foder, vamos listar as convenções a serem quebradas, vamos emagrecer, vamos ter um filho, vamos falar bobagem, vamos administrar nosso próprio negócio e depois falir de propósito, vamos mergulhar.

mergulhar na bendita e sonhada poesia sem fim.
merda, Evelyn, alguém me chama do outro lado.
eu sou apenas um esboço tolo de meus símbolos verdadeiros, Evelyn,
Evelyn, eu te amo e choro e eles têm pena de mim.
Evelyn, teu nome é fraco e doce como a vida,
como a necessidade de fugir, como a tristeza,
como o tempo e sua metódica ferida;

Era feliz o tempo em que verdejava a relva sob nossos pés.
Hoje, eu confiro no dedo os dias que faltam.

2 comentários:

  1. Evelyn...
    Mais um pseusdônimo ou é esse o nome Dela?

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  2. Sao tao lindas as suas escritas! Faz bem o meu estilo, me add no msn e no email: jessicaziegler@hotmail.com
    descobri sem querer seu blog, mas adorei!

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