sábado, 29 de maio de 2010
(Sem um título convincente)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Evaporações
enquanto o velho envelhece
esquecendo do tempo
que
se esvaiece.
Se aquece com colchas de retalhos
observando velhos retratos pessoais
de tempos que não voltam mais.
E o futuro,
incerto, o remete à possibilidade
de que sempre será lembrado
ou deixado de lado...
...por causa da idade.
Saudade e esperança são o que há.
E o ar do amor
ainda subexiste em seu coração.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O acordeonista está vazio
domingo, 23 de maio de 2010
Carta a Juliette
sexta-feira, 21 de maio de 2010
"Já era!: Mo(vi)mentos pensos no contexto de pós-estruturação do conceito de capitalismo e fuleiragens afins"*
No Exílio*
Esse é o efeito torporoso da solidão
que atua feito
um torpedo
de melancolia
nas tarde sombrias
de um sábado de verão.
Todos, um dia,
verão meu sorriso pleno
num plano diferente deste
e neste dia
tudo será como
no Ceará do porvir
no
qual
o pó agressivo
do agreste nordestino
será convertido
numa Seara desmedida e felicita!
*Direto de BdC. - Mais um texto de Fabrício B, o autor amordaçado pelo Sistema.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
"O autor solicita uma nota de esclarecimento", de Fabricio B.*
“Algumas pessoas advertiram, informalmente, sobre o significado em o Preço da Pressa: na verdade trata-se, em princípio, de uma publicação sem título. Nasceu como um trava-línguas qualquer [três tigres tristes], um jogo de palavras parecidas, com uso de digramas que causam irritação nos escritores e dúvidas quanto ao uso de s,x ou c, j e g, etc., jogo de palavras iguais com significados diferentes, um jogo de rimas com sonoridade. Quanto ao significado é salutar que cada um atribua o seu e comente. Quanto ao significado do autor [porque este uso na terceira pessoa?]: falo de pressa e insistências tipicamente arrogantes deste mundo virado, simplesmente. Perguntam se é só isso. Sim, é só isso. Mas este isso dentro de um contexto qualquer pode se transformar no desenho da vida de alguém, tocando no âmago de questões invioláveis.
- Expeça um café... expresso... com pressa!
- Por que esse imperativo idiota? Isso aqui não é qualquer bodega que você chega mandando!! [frase de efeito típica de delegacia do interior]. Ora, Expeça você!!
domingo, 16 de maio de 2010
O gordo
Um cara que é muito mais que um amigo
Que às vezes se transformava até num super-herói atrapalhado
Que acabava com os inimigos mais cruéis: bolos, doces e travessuras.
Que jogava bola sobre o orvalho da Jordoa
O artilheiro matador dos gols bonitos
O poeteiro do amor e da putaria, que fazia tudo isso com uma dose de psicologia
O cara que põe versos em fotos
Que pira escutando rock, jogando nintendo e soprando fitas de Mortal Kombat
Que trabalha numa escola no infinito, com crianças que necessitam muito mais que um ensino
Que deixa de comer pra ler
Que deixa de brincar pra trabalhar
Que deixa de ser criança e vira homem.
Comentário: Dedicado ao cumpade Luciano.
Beija-me
sábado, 15 de maio de 2010
Edgar
“(...)Edgar realizou a viagem em setembro de 1992, deixando pra trás tudo que podia deixar. A lembrança que temos de Edgar é essa: o homem que acenava no saguão do aeroporto - que pode ser Cumbica, JFK, Heathrow - com um ar envergonhado e tímido de quem se despede pra sempre ou de quem sempre se despede. Imagino os inúmeros ensaios solitários que Edgar fez do aceno final, na frente do espelho. A despedida é um ato de coragem, de amor, de clareza, que busca sempre o futuro, o momento através do qual nega a si próprio: o momento do reencontro. Para Edgar, homem não muito satisfeito com a vida, despedir-se era um modo de existir. ‘Não tenho mais nada a fazer aqui’, dizia e ia-se, à francesa. Não ficou muito claro pra nós quem era Edgar. Sei apenas que pegou o avião e foi embora. Não nos telefona, nem manda emails ou cartões postais. Talvez ele se despeça de si mesmo um dia, e vá em busca do sentido da vida, mas ainda isso seria óbvio demais para ele.(...)”
Trecho do livro “Vida e Obra de Edgar Mensonge”, Companhia das Letras, 2010, R$ 34,99, pág 76.
Preço da pressa
com gotas de limão bem
espremido,
exprimindo o amargor do dia-a-dia,
para eu tomar com
compridos
comprimidos
elaborados por um químico
que cumpre ordens,
pois estou bastante
deprimido.
Expeça logo este café
expresso com bastante
pressa
pois tenho que pegar o trem
expresso
que parte com
pressa
esgrimindo
como quem tenta escapar da
presa felina da noite que avança
e nos domina.
sábado, 8 de maio de 2010
Foi como um sonho...
Às vezes um ser humano é muito mais que um ser humano.
Comentário: Designação de uma pessoa muito especial; luto de 1 semana no blog; ficaremos sem produzir nos próximos dias, e durante esse período o blog não terá nome (apenas o link), nem foto, nem descrição.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Óbvio...
É uma choperia ali de Pindamonhangaba-SP... quer saber o óbvio de lá?
Muita amarelinha pra você tomar com um tira-gosto.
É uma fabricante de automóveis brasileira.
É uma expressão que metade da população utiliza e não sabe nem metade de seus significados.
Pode ser um super herói também... o capitão-óbvio.
E para o Rappa?...até o obvio vale a pena .
ÓBVIO- objeto voador incolor ocioso.
E para o Adriano?”Óbvio que quero ir para a Copa”.
E o não convencional?
Algo fora de convenção e que meia dúzia de malucos pensam que é o certo.
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Comentário: Após informações da mídia, Victor Hugo descobre que seus textos estão mais como uma auto-ajuda do que um simples e mero veículo humorístico, então ele corta sua orelha (Van Gogh) e depois publica o texto.
Arte
Salve, salve!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Felicidade
domingo, 2 de maio de 2010
"Perplexo ante o coração da luz, o silêncio" - parte II
E elencam as cinquenta novas maneiras de existir.
Eu renuncio, faço um brinde ao Canal de Suez ("Cheers!"),
Elaboro o próximo mapa astral de Tiradentes.
Sem uma gota de esperança,
Eles escrevem livros densos sobre a morte, a psicologia,
A pluralidade das manifestações paranormais, e
Depois? Depois caem em desgraça!
(Este lugar, a Desgraça, tão comum, tão próximo, tão urgente!)
No ambulatório, quem me dera poder atravessar as grades de mim mesmo!
Mas os fragmentos continuariam caindo, sem parar,
Num acesso de lucidez sem precedentes:
Os agentes do Estado já começam a me procurar,
Perseguindo as pistas e interrogando as testemunhas...
Mas pra quê, se a grande pista sou eu? Eu!
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Poemeto dedicado a T.S.Eliot (1898-1965)
Só me deixe onde a luz está
Pra você o que é amor?
É somente aquele que você sente por seus pais, pela sua família ou por sua namorada?
Amor é muito mais do que uma posse, é sentir-se feliz quando você escuta aquela musica e as lembranças correm aos olhos como se aquilo fosse real. E esse real acaba confundindo-se com a realidade e você acaba perdendo a noção de tempo e espaço.
A razão fica como mais um componente obsoleto e o coração pulsa de forma tão violenta que acaba faltando ar...E nesse ar estão todas as tuas esperanças de que aquele amor seja correspondido e você acaba mais uma vez dando um maior valor as simples coisas...um abraço, um olhar, uma risada...
E o tempo passa como um relâmpago... tão rápido que as circunstancias mudam, mas aquilo vem pra amadurecer e por na tua cabeça que você esta certo que aquele amor vai ser retribuído.
Mas...se todo aquele processo der errado e toda a luz virar escuridão ...pense que você amou com uma sinceridade tão grande que ao fechar os olhos não viram memórias ruins..mas sim memórias boas de quem cumpriu o seu papel de ser humano com erros e acertos.
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Comentário: Qualquer pessoa pode fazer uma poesia filosófica ou uma poesia romântica, mas só nós, Victor Hugo e Luciano Leite fazemos muito mais que textos, são experiências vividas na pele...como dizia John Mayer: Just keep me where the light is ("Só me deixe onde a luz está").
"Perplexo ante o coração da luz, o silêncio." - parte I
Eu estarei curvado sobre as pedras metafóricas
E então não me pegarás de surpresa.
De verde, de lilás e de marrom,
Meu deus, quem são eles que adentram a típica manhã de 1633?
Essa longínqua e saudosa manhã!
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Poemeto dedicado a T.S.Eliot (1898-1965)
sábado, 1 de maio de 2010
Coletânea de divagações esparsas
Para não ser atingido por raios durante a tempestade,
Não basta fingir-se de morta, querida.
Encontrar no desespero uma saída é uma saída, mas,
Se a cada 10 palavras ditas no mundo, 9,14 são de dor,
De que serve a voz humana?
Eu estou do lado errado, eu pulo fora,
Eu exerço funções sociais simples
Eu tenho sonhos curiosos com o João Gilberto,
Eu pulo fora de novo.
As estrelas (na verdade, foi meu pai. O termo "estrelas" eu uso pra
[ficar mais poético)
Me ensinaram que a vida tem apenas dois lados.
Um é a morte, o outro é aquilo que antecede a morte, e voilá:
Aqui estamos.
"Teresa aqui está," ...
Minha vida tem sido tentar encontrar-te. Em vão vivi, pois.
Sonho animalesco
Um dia desses, num desses encontros casuais, me pego olhando lagartixas halterofilistas cantando Engenheiros do Hawai. Mais do que um plagio, isso é mais uma das idéias loucas em que há causas e conseqüências. E no rascunho criado por um bêbado, sua nega fica entediada sempre que seu ‘bafo’ de álcool sussurra em suas narinas.
Entediar nem sempre é a regra da vida.
Apaguei a luz, não consegui olhar teu doce, doce mel,
Rios musicais estão poluídos por bandas tipo Restart, que se diz uma inovação dos lendários Paralamas do Sucesso e outros.
A sinceridade fluente... filosofia.
É queguida, meu nome é Dicesar, e as bibas confirmam,
Por trás de nuvens de purpurina, um grande homem composto de
Três coisas:
Maquiagem, frescura e incertezas. (Talvez sair do armário seja a quarta,
Mas fiquemos só no “Talvez”).
Largatixas, zebras e lagartixas...
Todo o zoológico canta dentro de jaulas sujas e obscuras..
Não, ali não é a puta que pariu, mas lembrarei de tudo e todos, apesar disso ser tudo apenas um sonho.
Lagartixas halterofilistas
As causas eu as tomo pelas conseqüências, pela culpa preliminar,
No mapa-múndi desenhado pelo bêbado.
Ficas entediada sempre que minhas palavras soam, Elisa,
Mas o tédio é a regra do jogo.
Eu estive apreciando daqui a tua luz, teu mel,
O rio musical que percorre tuas veias,
A insinceridade fluente como o inglês, o método científico.
Sim, querida, meu nome é Thomas, e os deuses confirmam,
Por trás das nuvens imaginárias, que toda a Verdade consiste em
Três coisas:
Pretextos, suspeições e incertezas.
(Talvez as mentiras universais sejam a quarta,
Mas fiquemos no âmbito do “Talvez...”).
Médicos, mendigos e macacos
Cantam a Marselhesa debaixo da
Palmeira infinita:
Não, não é o paraíso, mas eu me lembrarei para sempre deste dia.