sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Já era!: Mo(vi)mentos pensos no contexto de pós-estruturação do conceito de capitalismo e fuleiragens afins"*

Também de luz são feitas as nossas longas tardes e madrugadas, viajando em escadas rolantes, na televisão, da incapacidade de amar algo(-uém). Ela tomou fôlego e me disse: "Bem, eu acho que nada
e parou por aqui mesmo, sem reticências, sem fechar aspas, inconclusivamente real, seca, esdrúxula. Como eu amo todas as coisas simples e cínicas!, inclusive a linearidade dos traços de um prédio abandonado, cujo argumento claudica e acaba por morrer sem a tão prometida unção dos enfermos, que evoca os últimos respeitos à vida. Essa manhã, ó fragmentos, ia atravessando uma avenida e comecei a refletir (na verdade, fingi que refletia - não sou espelho): "Se todas as coisas que existem por aí realmente existem, o mundo é um lugar péssimo pra se viver, pois todas as coisas implicam num peso insuportável sobre o real. Ah, não: o mundo já é um lugar péssimo pra se viver, sem que eu precise me dar conta disso. Antes de eu nascer já era.". Por pouco não fui atropelado pelo ônibus da linha Cohatrac IV, durante o pensamento e durante a travessia. Pensar mata.
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*Quem encontrar algum nexo, por favor, ligue para o autor: (98)8814-0107. Ele também está à procura.

4 comentários:

  1. Nós somos Platão.

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  2. Só lhe peço uma coisa, ou duas, nem sei. Preste mais atenção aos veículos, senhor pedestre desatento. Você até demonstrava ter aprendido as lições direitinho: olhe para os lados antes de atravessar a rua. Assim, divague MENOS e fique MAIS atento.
    Ainda quero e também preciso ler belíssimos textos e me divertir bastante com esta avalanche de humor e inteligência.

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  3. Pensar mata, mesmo. Texto muito bom! :)' E vê se presta mais atenção ao atravessar a rua,viu?! ;D

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  4. cara, eu acho que atravessar avenidas ou ser atropelado por automóveis é um tema recorrente em meu blog e em minha vida. talvez seja mesmo uma obsessão. sei lá, mas acho que em outros 4 posts eu faço referencia a coisas assim.

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