domingo, 2 de maio de 2010

"Perplexo ante o coração da luz, o silêncio" - parte II

Eles perseveram nas técnicas do absurdo,
E elencam as cinquenta novas maneiras de existir.
Eu renuncio, faço um brinde ao Canal de Suez ("Cheers!"),
Elaboro o próximo mapa astral de Tiradentes.
Sem uma gota de esperança,
Eles escrevem livros densos sobre a morte, a psicologia,
A pluralidade das manifestações paranormais, e
Depois? Depois caem em desgraça!
(Este lugar, a Desgraça, tão comum, tão próximo, tão urgente!)
No ambulatório, quem me dera poder atravessar as grades de mim mesmo!
Mas os fragmentos continuariam caindo, sem parar,
Num acesso de lucidez sem precedentes:
Os agentes do Estado já começam a me procurar,
Perseguindo as pistas e interrogando as testemunhas...
Mas pra quê, se a grande pista sou eu? Eu!
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Poemeto dedicado a T.S.Eliot (1898-1965)

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