terça-feira, 24 de agosto de 2010
Canto de amor a Hellen, a mais sublime luz
domingo, 22 de agosto de 2010
8 e Meio
sábado, 21 de agosto de 2010
Sorriu
domingo, 8 de agosto de 2010
Estarás em Petersburgo, à beira do Nevski, a me beijar
Oh, baby, we...
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Ode seca, pétrea
sábado, 31 de julho de 2010
Obra completa de Fabrício B
Cacto
Eu, em meu ar quase sempre distante, abstrato, auto-referente, parecerei um cacto?
Quando me olho num espelho qualquer, sinto-me absolutamente longe, desértico.
Não tenho espinhos, acho, mas as características restantes batem:
sozinho no meio do tempo e dos substantivos,
permeado por significados inapeláveis
com o coração repleto de infiltrações e fissuras
com o medo de sempre estar fugindo, mesmo estando parado.
Uma seta secreta
Um carinho secreto... e esperado... mas retesado...
Desesperado, um amor deixado de lado, achado distante, amargurado.
Um amor recolhido acanhado como cânhamo prensado
Um amor no passado
Que deixa de ser ...
E se torna ...
Se transforma em um nada qualquer...
Apenas um vazio insistente no coração.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Eu, o homem que não viaja
E eu?
Eu sou o cara que está vivendo a vida de sempre e, infelizmente, se dá por contente com isso.(Não, não é uma reclamação, é um ato-de-fé). Será vergonhoso não sentir vontade em viajar, será vergonhoso ficar para sempre onde se está, em sua vida e ambiente limitados como uma gaveta? Talvez.
Mas é assim: eu sou o cara que nasceu pra ficar aqui.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Lúcida, irônica e suave como o perplexo champagne
Cheiras, anjo impuro, a perigo e ao fogo vespertino. Em ti, visualizo, inquieto,
a gula imprevisível da madrugada, o sonho impróprio, a ironia desvairada,
a própria morte, o solo de clarineta que eu nunca ouvi e que é a transcrição
exata de meus desejos esvaziados. Em ti, obviamente,
pululam as faces femininas, as dores do existir e, talvez, o amor.
Não, o amor não. (apenas secas e remotas possibilidades).
Escolhi a noite errada pra comprovar os pretextos,
mas teu perfume nunca, nunca morrerá.
*Sim, Mariana, se você um dia ler esse post, saiba que eu o fiz pra você, de verdade. Fatalmente, há muitas Marianas no mundo, mas a que me interessa é apenas um sonho particular, com seu respectivo perfume. Provavelmente, ela será como a mulher - Ulrica - que Borges possuiu uma vez na vida e nunca mais, em York. Tu, Mariana, és e serás minha Ulrica, eternamente, guardada em meu íngreme espírito como um peixe tímido entre corais, ou como o sangue que circula dentro de nós e ninguém vê; circularás dentro de mim.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
A bicicleta
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Scuba
domingo, 18 de julho de 2010
Bem ao meu estilo... (Da série: Trechos Fatais)
Este excerto pertence a um livro da dra. Erane Paladino, psicanalista brasileira extremamente inteligente que eu tive a oportunidade de ler (mais uma metonímia!), fazendo referência à ideia de sociedade pós-moderna elaborada pelo sociólogo Stuart Hall, que eu não tenho ideia de quem seja. Agradeço ao meu curso de Psicologia por me propiciar momentos de pura abstração, puro lirismo e pura filosofice.
Como eu sempre digo, somos todos atores. E ainda que nem todos sejam, só o fato de eu ser já significa alguma coisa, ou não significa nada.
sábado, 17 de julho de 2010
Careca, mas ordinário
1- Estou ficando mais velho.
2- Fico mais besta a cada ano que passa (o mundo me deixa estupefato).
3- Não há tempo a perder.
4- Preciso aprender a contar.
5- Dinheiro não resolve nada, apenas deixa a gente doido.
6- Morrer é uma questão de tempo, levando em conta a média de idade do brasileiro maranhense residente na Forquilha, que é de 35,8 anos, pois aqui sempre podemos levar um tiro ou ser atropelados na avenida.
7-Estudar também é uma questão de tempo. Nunca há tempo pra estudar.
8- Desde que emagreci, sou uma pessoa mais magra.
9-Amigos são pessoas com as quais a gente sempre pode contar: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14, - e eles não se cansam.(olha! aprendi a contar).
10 - Viver é uma coisa legal pra cassete.
11- A gente nunca é feliz o suficiente, mas quem disse que o suficiente é indispensável?
12-Devemos estar preparados pra tudo, incluindo nós mesmos.
Oh, apesar (Auto retrato pretensioso)
Eu amava a mulher errada, numa tentativa de amá-la o maior número de vezes possível, mas ela escorria de minhas mãos como manteiga Qualy light sem gorduras trans derretida.
Eu ainda lerei Freud fumando um charuto azedo (metonímias vulgares)...
Eu cheguei às 5:30 da manhã.
Eu nunca tive uma namorada, apesar de achar que sim, mesmo estando enganado.
Eu estou me transformando em meu pai, precocemente, logo aos 21 anos de idade.
Je suis Luciano Leite da Silva, um crápula até que simpático, com indícios tristes e gritantes de calvície. Tenho vivido em bairros que fedem a mijo e absurdo. Tenho sido incompreendido em metade das minhas palavras, e a outra metade eu esqueci e entendo que a estética da não-estética é o prato do dia, junto com mocotó e farinha de puba, levando em conta que eu sou Nietzsche, Jesus, Tim Maia e Seu Madruga ao mesmo tempo.
Tenho saudades dos áureos tempos em que fugíamos da chuva só nós dois, e éramos atropelados por velozes automóveis na Avenida 4 deserta, sob a luz dos postes minimalistas, em frente à Extrafarma fechada. Meu amor, teu nome era Clarisse, como sempre, e teu nome era sempre novo.
domingo, 11 de julho de 2010
Post sobre a necessidade doentia de fazer um post.
Senão vou ficar doente, meus cabelos vão cair, minhas unhas ficarão amareladas, meus sonhos terão a textura de carne-seca, minhas notas diminuirão, minha voz desafinará.
Escrever é como ser alcoólatra, só que sem álcool e sem copo ou garrafa: é só você, as palavras e o vício.
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(Dedico este post a ela, como sempre).
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Elegia II
Não de ti, justiça conceitual,mas de
alimento sólido, o pão social,
a mais comum e previsível das fomes.
Eu podia pressentir
o estômago de todos os famintos,
mortos e esqualidamente precisos.
Desaprendi a fazer poemas, anjo fujido:
faço guerra.
Elegia I
com sede. Não de ti, Heloísa,
mas de água líquida,
a mais comum e previsível das sedes.
Eu podia pressentir a mim mesmo
fingindo ser eu num quarto escuro e solitário,
como o instável fogo,
feliz e morto.
Desaprendi a fazer poemas, anjo fujido:
faço a mim mesmo.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Xiiiiiiiiiii
efervescentes que se
enervam e borbulham
num afogamento titânico,
pânico.
Caos
aos
submersos
versos
que exteriorizam
tragédias
abissais,
sais de fruta para azia
paralisia estomacal,
Nada de mais
domingo, 27 de junho de 2010
Deste lado do ringue, ele: o Homem Vazio!
sábado, 26 de junho de 2010
Esse post eu dedico a todas as pessoas que são atropeladas
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Voltando pra casa
terça-feira, 22 de junho de 2010
O relojoeiro com a vista perfeita, ou sei lá o quê
Em vez de fogo, fogo
sábado, 19 de junho de 2010
Repatriar
quinta-feira, 17 de junho de 2010
À noite
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Mapastral
domingo, 13 de junho de 2010
II
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Mudanças
furacão
cães de guarda
guardas armados
armas engatilhadas
mas
o mundo pode mudar de lugar
pode vagar
devagar
divagando.
Mas ga...gaguejando
engatinhando
ando e nada
muda nada se move
chove mas
nada umedece
apenas minha íris já enxuta
se comove
e morre, mas não
esquece.
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Poema de Fabrício B., obnubilado pelo Sistema.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Comunicado
I
- Jogo de botão, jogo de botão [era no que verdadeiramente estava pensando].
Sua forma protuberante deixava subentendido que não queria ninguém por perto. Gostava de uma banda específica e sempre lhe dizia que essa banda era, como todas as outras, só do vocalista. Um vocalista tolo que escrevia músicas sem sentido, mesmo para ele, mas que todos os fãs se viam nela. Ele apenas dizia ‘Deixe de ser bobo!’. Deixe de ser bobo: Que frase mais infantil para ser dita.
Enquanto isso pensava quando se envolveria seriamente com uma mulher. Divagava sobre a realidade. Que mulher, em sã consciência, se envolveria com um borjeço: Mandar em um baixinho é fácil. Elas querem demonstrar seu poder e a maneira mais fabulosa é manter sua supremacia sobre o arquétipo de Apolo e, apesar de seu machismo e proeminente musculatura, retesá-lo como um rato, com suas artimanhas, joguetes juvenis, com ilusões que davam à presa a sensação de comando, quando, na verdade, fariam de tudo para manter este status quo. E ele desejava ardentemente ser este rato. Mas seu coração continuava ferido com aquela dor terrível, comparável a bicarbonato [de sódio] sobre aftas...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Forquilha (Uma homenagem)
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(Dedico este post ao bairro no qual vivi toda a minha vida, ao bairro que não tem nada demais, ao bairro que fede a esgoto parado, a fumaça de ônibus, ao bairro que não me ensinou nada, ao bairro que extrapola o bom senso, ao bairro mais impressionante de mundo, ao bairro mais terrível do mundo, ao bairro cujos acontecimentos banais se transformam em novos 11 de setembro, novas quedas do Muro de Berlim em minha mente, ao bairro que é o meu bairro. A Forquilha é o centro do mundo.)
Precisamos parar, meu anjo (ou "Poema Incompleto, Baseado em Poemas Anteriores, Mas Sobre a Mesma Mulher de Sempre:Ela")
Aqui estou eu, diante da personificação da Beleza: minhas experiências triviais de ser humano, de brasileiro, de maranhense, agora foram purificadas. É algo eternamente novo. Ela parece música. Acho que sim; deve fluir uma pauta dentro de suas veias, repleta de breves, semibreves, colcheias, luz, flores, pureza. Ou então tinta guache, suave, artística, leve como açúcar.
É um susto pré-concebido, e até premeditado. Mas é sempre um susto.
Com uma flor no cabelo, é assim que eu a imagino, sempre. Por detrás de um primeiro plano arquitetado por Cézanne ou Monet, caindo de pára-quedas, ela é/
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Amortecedores
Amor Tecedores
Amor é plantado, regado.
Amor é colhido, escolhido.
Amor é fiado.
Amor é tecido.
Amor enlaçado.
E assim nos reveste
De uma incrível veste colorida
De alegria e paz.
Amor Tece Dores
Amor ferido, amor afogado,
Amor esquecido.
Amor descolorido, desfiado,
Amor rasgado,
Amor lançado
No horizonte perdido,
A uma distancia imensurável rumo ao infinito.
Passatempo
Nenhum tempo passa tempo
Nenhuma uva passa tempo passa tempo
Nenhum vento passa como o tempo passa na uva passa
Nenhuma vida é passa como passatempo
Nenhuma vida passa como o tempo
Nenhuma passa com o tempo,
e tudo se resume ao passar tempo...
como a vida, como o tempo, a uva..Passam .
Comentário: Dê valor às simples coisas da vida...porque um dia elas passam.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Quando eu crescer
Desde pequeno me perguntaram o que eu queria ser quando crescer
Astronauta, boleiro, caçador de pipas ou de sonhos
As esperanças se multiplicam nos olhos de uma criança que mal sabia se casa era com Z ou com S
Palitos de picolé transformam-se em pessoas...
Palitos de fósforo em crianças...
Caixinhas de leite em carrinhos...
A criatividade a flor da pele, os olhos vidrados no vazio da noite
Ele só sabia que a esperança era escrita por ele mesmo, “com o acento” da batalha que ele mesmo enfrentara todos os dias... fome, solidão, ilusão.
O peso de mudar uma realidade leva esse menino a crescer, virar um poeta e ver que nem tudo se resume a dinheiro, que estar ali vivendo e respirando já é uma bela demonstração que estar vivo é uma grande comprovação de que Deus existe e sempre esteve ao seu lado.
sábado, 29 de maio de 2010
(Sem um título convincente)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Evaporações
enquanto o velho envelhece
esquecendo do tempo
que
se esvaiece.
Se aquece com colchas de retalhos
observando velhos retratos pessoais
de tempos que não voltam mais.
E o futuro,
incerto, o remete à possibilidade
de que sempre será lembrado
ou deixado de lado...
...por causa da idade.
Saudade e esperança são o que há.
E o ar do amor
ainda subexiste em seu coração.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O acordeonista está vazio
domingo, 23 de maio de 2010
Carta a Juliette
sexta-feira, 21 de maio de 2010
"Já era!: Mo(vi)mentos pensos no contexto de pós-estruturação do conceito de capitalismo e fuleiragens afins"*
No Exílio*
Esse é o efeito torporoso da solidão
que atua feito
um torpedo
de melancolia
nas tarde sombrias
de um sábado de verão.
Todos, um dia,
verão meu sorriso pleno
num plano diferente deste
e neste dia
tudo será como
no Ceará do porvir
no
qual
o pó agressivo
do agreste nordestino
será convertido
numa Seara desmedida e felicita!
*Direto de BdC. - Mais um texto de Fabrício B, o autor amordaçado pelo Sistema.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
"O autor solicita uma nota de esclarecimento", de Fabricio B.*
“Algumas pessoas advertiram, informalmente, sobre o significado em o Preço da Pressa: na verdade trata-se, em princípio, de uma publicação sem título. Nasceu como um trava-línguas qualquer [três tigres tristes], um jogo de palavras parecidas, com uso de digramas que causam irritação nos escritores e dúvidas quanto ao uso de s,x ou c, j e g, etc., jogo de palavras iguais com significados diferentes, um jogo de rimas com sonoridade. Quanto ao significado é salutar que cada um atribua o seu e comente. Quanto ao significado do autor [porque este uso na terceira pessoa?]: falo de pressa e insistências tipicamente arrogantes deste mundo virado, simplesmente. Perguntam se é só isso. Sim, é só isso. Mas este isso dentro de um contexto qualquer pode se transformar no desenho da vida de alguém, tocando no âmago de questões invioláveis.
- Expeça um café... expresso... com pressa!
- Por que esse imperativo idiota? Isso aqui não é qualquer bodega que você chega mandando!! [frase de efeito típica de delegacia do interior]. Ora, Expeça você!!
domingo, 16 de maio de 2010
O gordo
Um cara que é muito mais que um amigo
Que às vezes se transformava até num super-herói atrapalhado
Que acabava com os inimigos mais cruéis: bolos, doces e travessuras.
Que jogava bola sobre o orvalho da Jordoa
O artilheiro matador dos gols bonitos
O poeteiro do amor e da putaria, que fazia tudo isso com uma dose de psicologia
O cara que põe versos em fotos
Que pira escutando rock, jogando nintendo e soprando fitas de Mortal Kombat
Que trabalha numa escola no infinito, com crianças que necessitam muito mais que um ensino
Que deixa de comer pra ler
Que deixa de brincar pra trabalhar
Que deixa de ser criança e vira homem.
Comentário: Dedicado ao cumpade Luciano.
Beija-me
sábado, 15 de maio de 2010
Edgar
“(...)Edgar realizou a viagem em setembro de 1992, deixando pra trás tudo que podia deixar. A lembrança que temos de Edgar é essa: o homem que acenava no saguão do aeroporto - que pode ser Cumbica, JFK, Heathrow - com um ar envergonhado e tímido de quem se despede pra sempre ou de quem sempre se despede. Imagino os inúmeros ensaios solitários que Edgar fez do aceno final, na frente do espelho. A despedida é um ato de coragem, de amor, de clareza, que busca sempre o futuro, o momento através do qual nega a si próprio: o momento do reencontro. Para Edgar, homem não muito satisfeito com a vida, despedir-se era um modo de existir. ‘Não tenho mais nada a fazer aqui’, dizia e ia-se, à francesa. Não ficou muito claro pra nós quem era Edgar. Sei apenas que pegou o avião e foi embora. Não nos telefona, nem manda emails ou cartões postais. Talvez ele se despeça de si mesmo um dia, e vá em busca do sentido da vida, mas ainda isso seria óbvio demais para ele.(...)”
Trecho do livro “Vida e Obra de Edgar Mensonge”, Companhia das Letras, 2010, R$ 34,99, pág 76.
Preço da pressa
com gotas de limão bem
espremido,
exprimindo o amargor do dia-a-dia,
para eu tomar com
compridos
comprimidos
elaborados por um químico
que cumpre ordens,
pois estou bastante
deprimido.
Expeça logo este café
expresso com bastante
pressa
pois tenho que pegar o trem
expresso
que parte com
pressa
esgrimindo
como quem tenta escapar da
presa felina da noite que avança
e nos domina.
sábado, 8 de maio de 2010
Foi como um sonho...
Às vezes um ser humano é muito mais que um ser humano.
Comentário: Designação de uma pessoa muito especial; luto de 1 semana no blog; ficaremos sem produzir nos próximos dias, e durante esse período o blog não terá nome (apenas o link), nem foto, nem descrição.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Óbvio...
É uma choperia ali de Pindamonhangaba-SP... quer saber o óbvio de lá?
Muita amarelinha pra você tomar com um tira-gosto.
É uma fabricante de automóveis brasileira.
É uma expressão que metade da população utiliza e não sabe nem metade de seus significados.
Pode ser um super herói também... o capitão-óbvio.
E para o Rappa?...até o obvio vale a pena .
ÓBVIO- objeto voador incolor ocioso.
E para o Adriano?”Óbvio que quero ir para a Copa”.
E o não convencional?
Algo fora de convenção e que meia dúzia de malucos pensam que é o certo.
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Comentário: Após informações da mídia, Victor Hugo descobre que seus textos estão mais como uma auto-ajuda do que um simples e mero veículo humorístico, então ele corta sua orelha (Van Gogh) e depois publica o texto.
Arte
Salve, salve!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Felicidade
domingo, 2 de maio de 2010
"Perplexo ante o coração da luz, o silêncio" - parte II
E elencam as cinquenta novas maneiras de existir.
Eu renuncio, faço um brinde ao Canal de Suez ("Cheers!"),
Elaboro o próximo mapa astral de Tiradentes.
Sem uma gota de esperança,
Eles escrevem livros densos sobre a morte, a psicologia,
A pluralidade das manifestações paranormais, e
Depois? Depois caem em desgraça!
(Este lugar, a Desgraça, tão comum, tão próximo, tão urgente!)
No ambulatório, quem me dera poder atravessar as grades de mim mesmo!
Mas os fragmentos continuariam caindo, sem parar,
Num acesso de lucidez sem precedentes:
Os agentes do Estado já começam a me procurar,
Perseguindo as pistas e interrogando as testemunhas...
Mas pra quê, se a grande pista sou eu? Eu!
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Poemeto dedicado a T.S.Eliot (1898-1965)
Só me deixe onde a luz está
Pra você o que é amor?
É somente aquele que você sente por seus pais, pela sua família ou por sua namorada?
Amor é muito mais do que uma posse, é sentir-se feliz quando você escuta aquela musica e as lembranças correm aos olhos como se aquilo fosse real. E esse real acaba confundindo-se com a realidade e você acaba perdendo a noção de tempo e espaço.
A razão fica como mais um componente obsoleto e o coração pulsa de forma tão violenta que acaba faltando ar...E nesse ar estão todas as tuas esperanças de que aquele amor seja correspondido e você acaba mais uma vez dando um maior valor as simples coisas...um abraço, um olhar, uma risada...
E o tempo passa como um relâmpago... tão rápido que as circunstancias mudam, mas aquilo vem pra amadurecer e por na tua cabeça que você esta certo que aquele amor vai ser retribuído.
Mas...se todo aquele processo der errado e toda a luz virar escuridão ...pense que você amou com uma sinceridade tão grande que ao fechar os olhos não viram memórias ruins..mas sim memórias boas de quem cumpriu o seu papel de ser humano com erros e acertos.
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Comentário: Qualquer pessoa pode fazer uma poesia filosófica ou uma poesia romântica, mas só nós, Victor Hugo e Luciano Leite fazemos muito mais que textos, são experiências vividas na pele...como dizia John Mayer: Just keep me where the light is ("Só me deixe onde a luz está").
"Perplexo ante o coração da luz, o silêncio." - parte I
Eu estarei curvado sobre as pedras metafóricas
E então não me pegarás de surpresa.
De verde, de lilás e de marrom,
Meu deus, quem são eles que adentram a típica manhã de 1633?
Essa longínqua e saudosa manhã!
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Poemeto dedicado a T.S.Eliot (1898-1965)
sábado, 1 de maio de 2010
Coletânea de divagações esparsas
Para não ser atingido por raios durante a tempestade,
Não basta fingir-se de morta, querida.
Encontrar no desespero uma saída é uma saída, mas,
Se a cada 10 palavras ditas no mundo, 9,14 são de dor,
De que serve a voz humana?
Eu estou do lado errado, eu pulo fora,
Eu exerço funções sociais simples
Eu tenho sonhos curiosos com o João Gilberto,
Eu pulo fora de novo.
As estrelas (na verdade, foi meu pai. O termo "estrelas" eu uso pra
[ficar mais poético)
Me ensinaram que a vida tem apenas dois lados.
Um é a morte, o outro é aquilo que antecede a morte, e voilá:
Aqui estamos.
"Teresa aqui está," ...
Minha vida tem sido tentar encontrar-te. Em vão vivi, pois.
Sonho animalesco
Um dia desses, num desses encontros casuais, me pego olhando lagartixas halterofilistas cantando Engenheiros do Hawai. Mais do que um plagio, isso é mais uma das idéias loucas em que há causas e conseqüências. E no rascunho criado por um bêbado, sua nega fica entediada sempre que seu ‘bafo’ de álcool sussurra em suas narinas.
Entediar nem sempre é a regra da vida.
Apaguei a luz, não consegui olhar teu doce, doce mel,
Rios musicais estão poluídos por bandas tipo Restart, que se diz uma inovação dos lendários Paralamas do Sucesso e outros.
A sinceridade fluente... filosofia.
É queguida, meu nome é Dicesar, e as bibas confirmam,
Por trás de nuvens de purpurina, um grande homem composto de
Três coisas:
Maquiagem, frescura e incertezas. (Talvez sair do armário seja a quarta,
Mas fiquemos só no “Talvez”).
Largatixas, zebras e lagartixas...
Todo o zoológico canta dentro de jaulas sujas e obscuras..
Não, ali não é a puta que pariu, mas lembrarei de tudo e todos, apesar disso ser tudo apenas um sonho.
Lagartixas halterofilistas
As causas eu as tomo pelas conseqüências, pela culpa preliminar,
No mapa-múndi desenhado pelo bêbado.
Ficas entediada sempre que minhas palavras soam, Elisa,
Mas o tédio é a regra do jogo.
Eu estive apreciando daqui a tua luz, teu mel,
O rio musical que percorre tuas veias,
A insinceridade fluente como o inglês, o método científico.
Sim, querida, meu nome é Thomas, e os deuses confirmam,
Por trás das nuvens imaginárias, que toda a Verdade consiste em
Três coisas:
Pretextos, suspeições e incertezas.
(Talvez as mentiras universais sejam a quarta,
Mas fiquemos no âmbito do “Talvez...”).
Médicos, mendigos e macacos
Cantam a Marselhesa debaixo da
Palmeira infinita:
Não, não é o paraíso, mas eu me lembrarei para sempre deste dia.
domingo, 25 de abril de 2010
"Pára, instante que passa, és tão formoso!"
Estarei dentro dos trens, dentro dos próximos telégrafos.
Ao passar, meu rastro será algo como a sombra de um pássaro de isopor,
Que não se deixa arruinar.
Minhas casas de câmbio consistem em tecelarias, fábricas de pipas,
Sorveterias falidas, banquinhas de jogo do bicho.
Conjugando os verbos de cabeça pra baixo,
Reinaugurando o teatro do Universo,
Eu acho que me encontro.
Eu estou feliz pra cassete, cara.
Bilhar...ou Brilhar?
Em mais uma daquelas tardes quentes de faculdade, em que professores faltam no infinito, em que estudantes conversam sobre Karl Marx e degustam de um belo charuto cubano, eu me pego pensando na vida e jogando bilhar... Rapidamente imaginei a Geografia explicando todas aquelas jogadas que fazíamos, e nós brincaríamos de ser Deus por alguns segundos e com uma tacada explodiríamos aquelas 14 bolas ao longo daquela mesa esverdeada, que tinha mais cara de universo (big-bang).
Depois disso, todas as esferas se transformariam em contrastantes planetas numerados de cores diferentes ou se aqueles objetos caíssem em um buraco branco (caçapa), se transformaria em um buraco negro. O giz seria a poeira cósmica que fica vagando na mesa de bilhar, as fichas poderiam ser o hidrogênio e o hélio que funcionam como combustível do Sol e o velhinho (Seu Antônio) que nos vende as fichas todos os dias na vivência, seria o cara que sustenta nosso vício, poderia ser Deus...
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Comentário: Texto rápido com uma boa doze de tequila e como tira gosto, a Geografia.
sábado, 24 de abril de 2010
"Escuridão, muito mais escuridão"
O suor foge. Eu agarro o desodorante com as duas mãos, e te dou de presente embrulhado naquele papel crepon, como fazíamos quando não tínhamos emprego (a chamada lisura). Depois de fumar sonhei comigo: Tiririca já dizia “Qual é? Qual foi? Porque que tu tá nessa?”. É por isso que eu sou um comediante. Porque assim todos se fingem engraçados e simpáticos, saltitando em uma enorme falsidade. Sono, impaciência, fome... Texto de dois parágrafos, com todas as regras da gramática e como os professores de redação gostam. Porque assim induzo você, caro leitor, a tirar uma soneca antes de terminar de ler nossos textos preguiçosos, por que assim todos ‘param na posição’ (refrão da música Cabecinha do Bonde do Tigrão) em suas covas. Acho que esse blog não passa de um veículo dirigido por loucos comediantes falando de sua vida de uma forma real e ao mesmo tempo engraçada. Acho que atribuir significado a algo é tentar atribuir significado ao sistema como um todo.( oh, nice little girl, this is almost impossible). Tentaremos no próximo verão, terminar com dois pontos:
"luz, mais luz"
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Realístico*
---Não está jornalístico, mas whatever. Se bem que... Se for AquiMA ou Atos e Fatos, pode estar jornalístico sim
¹ : Pra quem não entendeu: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=461665
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*Autora: Mônica Beckman (codinome: Beck)
Como ficou melhor e mais real que o "Jornalístico", este merece ser publicado. A autora explora os níveis de insanidade aos quais estará relegada a cidade de São Luís se ninguém fizer nada com o autor desse blog.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Jornalístico
Grato*
Fico muito grato ao autor Luciano Leite lembrar minha pessoa e fazendo comentários espetaculares ao longo desse meio de divertimento, informação e risadas. Nas ultimas semanas há tantos boatos quanto mentiras, sendo que a globalização e a mídia contribuem para tal do sucesso de nossas criações de cunho psico-humorístico. Mas vamos lembrar das pessoas que estão por trás dos nossos textos, não no sentido sexual como alguns anti-sociais (nova nomenclatura para psicopatas) pensavam, mas daquelas humildes pessoas que fazem muito mais do que relatos do seu dia-a-dia sofrido. Essas pessoas contribuem com o nosso trabalho com suas históricas irônicas, seus ‘micos’ da vida real, suas teimosias de infância, até seus jogos de xadrez no canto da rua...
Queremos lembrar o Sr. Zequinha da pizzaria (que nos abasteceu nessa caminhada), Seu Bodé (que não está mais entre nós... viajou para a Espanha) que era ex-fumante, Seu Manin da bilharina (que nos vendia fichas na madrugada), Dona Maria (que sempre nos abençoava quando passávamos na frente do seu buteco), Dona Janete(que sempre ajudou mamãe a nos criar) e outros. Pedimos desculpas ao velhos anciões que não foram lembrados, pois muitos contribuíram para o meu sucesso e do grande autor Luciano.
Com gratidão...
Victor Hugo.
*Agradecimento do mano Victor Hugo.
domingo, 18 de abril de 2010
Esclarecimento
Amarelinha 2*
E por lá por puro acaso do destino me transformei num grande filha da puta motora da linha Campus-UFMA, vagabundo que não faz nada, fumante, professor de cursinho, vendedor de idéias revolucionarias e de pitomba, torcedor do Moto e pseudo-conhecido por muita gente.
Infelizmente não aproveitei todo esse prestigio e acabei esbarrando em meus ideais utópicos socialistas, e não recebendo nada por todos esses feitos. ‘ Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar’ já dizia o Rei Pelé. Hoje, eu participo de um grupo de cachaceiros, e como designa o titulo da minha breve história, eu vivo sempre com a Amarelinha, na mesa do bar, com centenas de casos de amor. Até criei um blog, mas como eu sou sei que sei escrever, não faço sucesso nem no meu bairro, nem na minha província, muito menos no meu país, nem no planeta, talvez fora do Sistema Solar ou no Sistema Solar do Universo, se existisse vida fora da Terra...
“I don't give a shit”, by Tomás Turbando*
Josefina, quando eu penso em mim, eu penso em mim.
Pra que eu vou ficar me preocupando contigo à toa?
Josefina, quando eu penso em conceitos universais, como limpar a casa, cuidar das crianças, lavar a roupa, fazer a comida, eu quero, na verdade, que tu faça.
Josefina, quando penso em dormir, penso no melhor, penso em Ortobom. É ele minha musa inspiradora, é ele que me faz gritar no teu ouvido: “Minha nega, minha preta, vem pra cá”.
Josefina, quando eu estou sozinho lá no nosso cafofo, de madrugada, sinto tua falta, o nosso amor é ouro, parece música do Skank, mas como propaganda é mais caro em nossas publicações semanais, o show é dia 14 de novembro na Laguna da Jansen, o ingresso está R$40.00.
Josefina, em ti o meu cerrado vira deserto... é preciso conter o avanço da soja e da criação de gado.
Josefina, eu estudei demais, e aprendi que isso é uma conseqüência da ação humana.
Josefina, eu esqueci tudo antes da prova, será que eu vou passar por essas provas que permitem ao aluno reprovado estudar três anos em um só?
Josefina, minha voz ta seca, pega água!! e meu olhar vazio, o colírio ta no quarto!! Mas seca é a voz de quem te xinga todos os dias por não completar os afazeres domésticos. Josefina, a peteca dos olhos sempre me faz lembrar aquele dezembro de mil novecentos e carne de porco. Numa data em que eu nem sabia que tu existia, se eu fosse pra ... nem iria saber que eu tinha ido, nem me encontraria nesses Caminhos da Vida, escrita por Manoel Carlos (Maneco).
Negona.
Eu escrevo paródias de putarias, mas é como dizia Lula: "Ninguém aqui é freira ou santo, não estamos em um convento, e não me consta na história que em um convento também não tenha briga."
*Mais um texto da série: “Parcerias com mano Victor”. Autor: Victor Hugo Leite dos Santos. Livre adaptação do poema “Balada do amor abstrato”, de Luciano Leite.
Vícios e virtudes*
Levantou-se, limpou displicentemente os papéis cheios de fuligem, coçou o saco e o olhava com carinho depois de dirigir-se ao quarto. Tirou logo a roupa, deitou-se ao lado do cachorro e sonhou como os loucos sonham: com os olhos fechados, com a mente aberta. Parece coisa da Xuxa, mas merchandising é algo caro no mundo globalizado, não vamos entrar em detalhes, relembrando que a Xuxa está lançando o DVD Só Para Baixinhos 7, as crianças que quiserem participar é só entrar no site www.globo.com/tvxuxa e preencher o cadastro.
Era um homem de ombros significativamente largos, parecia o Victor Belfort, autor de “Os miseráveis”, que escrevia à beira de um ring alto, dispensando pancadas... na mesa tremula por estar muito usada. Era alto, barbudo e sério, e estes atributos o caracterizavam, à época, como melhor malhador de LEG-45 excelência: altura (não existem anões malhadores – Dunga, Dengoso, Soneca, Atchim, Feliz, Zangado e Mestre eram filhos da Branca de Neve); barba (símbolo da não difusão do gillette prestobarba); e seriedade (se não fosse uma pessoa séria, seria o Zé Cachaça do Flamengo! (Os são paulinos eram bambis? Eu sou bambi?).
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*Da série: Parcerias com mano Victor.
Jarbas: as histórias de um herói *
Como eu odeio pessoas que dizem Eu disse... mas eu gostava de você Jarbas e agora você morreu e me deixou sua herança (um par de meias cujo pé direito você usava pra cuar café e o esquerdo como toalha de banho, duas moedas de cinqüenta centavos, um pôster do Sampaio Corrêa campeão brasileiro da série C em 1997, e, incrivelmente, uma caixa enorme com todas as edições da Playboy de agosto de 1989 pra trás; não sabíamos dessa curiosa coleção que nosso amigo mantinha guardada em casa).
Eu me lembro, seu safado, de 40 reais que eu te emprestei numa noite na porta do cabaré Rosana Drink’s e você nunca me devolveu, mas agora eu te perdôo porque você era muito gente boa. Lembro também que nessa mesma noite você arranjou briga com uns bêbados na volta pra casa, quando ainda esperávamos o ônibus na integração da Cohab(as voltas pra casa eram a melhor parte da noite...) e a briga foi tão boa que eles viraram nossos amigos e todas as quintas feiras tínhamos que nos reunir para beber e brigar não necessariamente nessa ordem mas necessariamente às quintas e eles tinham nomes infernais e fantásticos como Tunga, Woompa-Loompa, Diógenes, Pé-de-Lesma, Boleto Bancário e muitos outros e éramos grandes amigos eu você e eles cara eu nunca pensei que iria chorar por um homem hoje eu choro por você meu amigo você que foi embora.
Caramba as tragédias anunciam-se com muita pouca antecedência. Sinto falto do Pé de Lesma, que dizia sempre ‘Eu não estou nem ai pra minha irmã. Sabe onde ela está?Bem ali na Universal’. Seu tom sarcástico enganava a sua real situação de cachaceiro.
Jarbas eu sinto sua falta, aquelas velhas peladas e aquelas peladas velhas na litorânea, em que íamos naquele Gurgel 1870 que mal se segurava em pé. Mas amigo eu queria que você estivesse aqui, por que eu queria fazer com você uma nova historia e não um filho, que é como você queria. Jarbas eu não sou homossexual e só vou virar se tiver cotas na universidade publica. Eu nem sei pra que eu estou escrevendo isso, velho lobo, acho que é pra eu mandar pra mim mesmo como fazia Fernando Pessoa. Mas como eu não sou poeta vou tentar mandar pelo correio eletrônico de Deus.
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* Da série: Parcerias com mano Victor.
Autor: Victor Hugo Leite dos Santos
(Adaptação livre e tragicômica - com traços de maconha - do mini-conto burlesco "Jarbas", de Luciano Leite. O autor do texto original saúda a coragem, o bom humor e a parceria de Victor Hugo, que é um cara muito fera. "Valeu, mano!", diz Luciano.)
sábado, 17 de abril de 2010
Amarelinha
E lá, por obra do acaso, fui rei, gari, cobrador de impostos, piadista, amante, cobrador de ônibus da linha Uema-Ipase, dançarino de rua, mendigo, professor universitário, ascensorista, vendedor do cuscuz Ideal, filósofo, louco, "ladrão, pulha, falsário", proprietário de banquinha do jogo do bicho, deputado federal, radialista, mega-empresário das comunicações, cartomante, jogador de futebol, funcionário público, artista circense, dono de cursinho preparatório para concurso e pseudo-celebridade badalada pela mídia nacional.
Só não recebi salário por nada disso. Resolvi voltar, cansado de exploração e descaso de meus patrões, da falta de familiaridade com a sociedade local, da dificuldade com o dialeto e o clima, e acima de tudo, pelo fato de os nativos viverem bêbados.
Hoje eu participo de um grupo separatista que tenta desvincular minha rua do bairro, meu bairro da cidade, minha cidade da província, minha província do país, meu país do planeta, meu planeta do Sistema Solar e meu Sistema Solar do Universo. Mas como não consigo, criei um blog pra mim, onde falo sobre isso.
Joguem para o alto o auto-falante
O que eu amo:
Quando a delicadeza do poema
subverte a voz do poeta,
que é inapelavelmente fugaz e suja.
Quem quisesse ouví-lo, estaria perdido, quem estivesse perto dele
Transformar-se-ia numa Palavra, em pura linguagem, ou em sorvete.
O poeta é o mágico que engole espadas, doma leões e morre fazendo palhaçadas,
Quando ninguém lê, ouve ou assiste ao espetáculo.
Quisera eu poder ensinar a todos como não falir,
Como não reprovar, como não ser um péssimo pai,
Como não ser assaltado em semáforos, como fazer goiabada;
Mas tudo que aprendi na vida foi a não estar aqui o tempo todo.