sexta-feira, 2 de julho de 2010

Elegia I

Acordei no meio da noite,
com sede. Não de ti, Heloísa,
mas de água líquida,
a mais comum e previsível das sedes.
Eu podia pressentir a mim mesmo
fingindo ser eu num quarto escuro e solitário,
como o instável fogo,
feliz e morto.
Desaprendi a fazer poemas, anjo fujido:
faço a mim mesmo.

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