quarta-feira, 30 de junho de 2010
Xiiiiiiiiiii
efervescentes que se
enervam e borbulham
num afogamento titânico,
pânico.
Caos
aos
submersos
versos
que exteriorizam
tragédias
abissais,
sais de fruta para azia
paralisia estomacal,
Nada de mais
domingo, 27 de junho de 2010
Deste lado do ringue, ele: o Homem Vazio!
sábado, 26 de junho de 2010
Esse post eu dedico a todas as pessoas que são atropeladas
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Voltando pra casa
terça-feira, 22 de junho de 2010
O relojoeiro com a vista perfeita, ou sei lá o quê
Em vez de fogo, fogo
sábado, 19 de junho de 2010
Repatriar
quinta-feira, 17 de junho de 2010
À noite
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Mapastral
domingo, 13 de junho de 2010
II
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Mudanças
furacão
cães de guarda
guardas armados
armas engatilhadas
mas
o mundo pode mudar de lugar
pode vagar
devagar
divagando.
Mas ga...gaguejando
engatinhando
ando e nada
muda nada se move
chove mas
nada umedece
apenas minha íris já enxuta
se comove
e morre, mas não
esquece.
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Poema de Fabrício B., obnubilado pelo Sistema.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Comunicado
I
- Jogo de botão, jogo de botão [era no que verdadeiramente estava pensando].
Sua forma protuberante deixava subentendido que não queria ninguém por perto. Gostava de uma banda específica e sempre lhe dizia que essa banda era, como todas as outras, só do vocalista. Um vocalista tolo que escrevia músicas sem sentido, mesmo para ele, mas que todos os fãs se viam nela. Ele apenas dizia ‘Deixe de ser bobo!’. Deixe de ser bobo: Que frase mais infantil para ser dita.
Enquanto isso pensava quando se envolveria seriamente com uma mulher. Divagava sobre a realidade. Que mulher, em sã consciência, se envolveria com um borjeço: Mandar em um baixinho é fácil. Elas querem demonstrar seu poder e a maneira mais fabulosa é manter sua supremacia sobre o arquétipo de Apolo e, apesar de seu machismo e proeminente musculatura, retesá-lo como um rato, com suas artimanhas, joguetes juvenis, com ilusões que davam à presa a sensação de comando, quando, na verdade, fariam de tudo para manter este status quo. E ele desejava ardentemente ser este rato. Mas seu coração continuava ferido com aquela dor terrível, comparável a bicarbonato [de sódio] sobre aftas...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Forquilha (Uma homenagem)
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(Dedico este post ao bairro no qual vivi toda a minha vida, ao bairro que não tem nada demais, ao bairro que fede a esgoto parado, a fumaça de ônibus, ao bairro que não me ensinou nada, ao bairro que extrapola o bom senso, ao bairro mais impressionante de mundo, ao bairro mais terrível do mundo, ao bairro cujos acontecimentos banais se transformam em novos 11 de setembro, novas quedas do Muro de Berlim em minha mente, ao bairro que é o meu bairro. A Forquilha é o centro do mundo.)
Precisamos parar, meu anjo (ou "Poema Incompleto, Baseado em Poemas Anteriores, Mas Sobre a Mesma Mulher de Sempre:Ela")
Aqui estou eu, diante da personificação da Beleza: minhas experiências triviais de ser humano, de brasileiro, de maranhense, agora foram purificadas. É algo eternamente novo. Ela parece música. Acho que sim; deve fluir uma pauta dentro de suas veias, repleta de breves, semibreves, colcheias, luz, flores, pureza. Ou então tinta guache, suave, artística, leve como açúcar.
É um susto pré-concebido, e até premeditado. Mas é sempre um susto.
Com uma flor no cabelo, é assim que eu a imagino, sempre. Por detrás de um primeiro plano arquitetado por Cézanne ou Monet, caindo de pára-quedas, ela é/
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Amortecedores
Amor Tecedores
Amor é plantado, regado.
Amor é colhido, escolhido.
Amor é fiado.
Amor é tecido.
Amor enlaçado.
E assim nos reveste
De uma incrível veste colorida
De alegria e paz.
Amor Tece Dores
Amor ferido, amor afogado,
Amor esquecido.
Amor descolorido, desfiado,
Amor rasgado,
Amor lançado
No horizonte perdido,
A uma distancia imensurável rumo ao infinito.
Passatempo
Nenhum tempo passa tempo
Nenhuma uva passa tempo passa tempo
Nenhum vento passa como o tempo passa na uva passa
Nenhuma vida é passa como passatempo
Nenhuma vida passa como o tempo
Nenhuma passa com o tempo,
e tudo se resume ao passar tempo...
como a vida, como o tempo, a uva..Passam .
Comentário: Dê valor às simples coisas da vida...porque um dia elas passam.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Quando eu crescer
Desde pequeno me perguntaram o que eu queria ser quando crescer
Astronauta, boleiro, caçador de pipas ou de sonhos
As esperanças se multiplicam nos olhos de uma criança que mal sabia se casa era com Z ou com S
Palitos de picolé transformam-se em pessoas...
Palitos de fósforo em crianças...
Caixinhas de leite em carrinhos...
A criatividade a flor da pele, os olhos vidrados no vazio da noite
Ele só sabia que a esperança era escrita por ele mesmo, “com o acento” da batalha que ele mesmo enfrentara todos os dias... fome, solidão, ilusão.
O peso de mudar uma realidade leva esse menino a crescer, virar um poeta e ver que nem tudo se resume a dinheiro, que estar ali vivendo e respirando já é uma bela demonstração que estar vivo é uma grande comprovação de que Deus existe e sempre esteve ao seu lado.