domingo, 18 de abril de 2010

Vícios e virtudes*

Sigmund Freud cansara-se de fumar. Estava com as nádegas inchadas de tanto ficar nas confortáveis cadeiras de 1939. Diz a lenda que o cigarro era jogado para dentro das trincheiras na 1ª Guerra Mundial. Quem sabe nenhuma dessas caixas não caiu na casa do criador da psicanálise. “Ah, porra!!!!”, pensou Freud, enquanto descobria os mistérios do inconsciente humano, tragava seu charuto para passar o tempo. Quem sabe suas descobertas não foram feitas quando ele estava em um estado de êxtase. Se já existisse a droga êxtase do século XXI ele iria sentir-se confiante e com um pouco mais de energia. “Termino essa droga amanhã!”. Faltava a conclusão que mais tarde viraria livro da revolução do mundo dos sonhos, do ‘eu humano’, mas o cansaço realmente não o deixaria continuar.
Levantou-se, limpou displicentemente os papéis cheios de fuligem, coçou o saco e o olhava com carinho depois de dirigir-se ao quarto. Tirou logo a roupa, deitou-se ao lado do cachorro e sonhou como os loucos sonham: com os olhos fechados, com a mente aberta. Parece coisa da Xuxa, mas merchandising é algo caro no mundo globalizado, não vamos entrar em detalhes, relembrando que a Xuxa está lançando o DVD Só Para Baixinhos 7, as crianças que quiserem participar é só entrar no site www.globo.com/tvxuxa e preencher o cadastro.
Era um homem de ombros significativamente largos, parecia o Victor Belfort, autor de “Os miseráveis”, que escrevia à beira de um ring alto, dispensando pancadas... na mesa tremula por estar muito usada. Era alto, barbudo e sério, e estes atributos o caracterizavam, à época, como melhor malhador de LEG-45 excelência: altura (não existem anões malhadores – Dunga, Dengoso, Soneca, Atchim, Feliz, Zangado e Mestre eram filhos da Branca de Neve); barba (símbolo da não difusão do gillette prestobarba); e seriedade (se não fosse uma pessoa séria, seria o Zé Cachaça do Flamengo! (Os são paulinos eram bambis? Eu sou bambi?).
.
.
.
*Da série: Parcerias com mano Victor.
Comentário: Texto elaborado por Victor Santos com uma parceria de Luciano Leite e patrocínio da editora Porra Nenhuma, que procura apoiar textos que são contra o uso de tabaco, droga, violência e torcedores do São Paulo que acreditam no título do Brasileirão 2009 e que procuram prejudicar a saúde humana e são contra os preceitos do Dr. Drauzio Varella. O texto consiste em mais uma livre adaptação, dessa vez do texto "Platão, ou Como filosofar em cadeiras desconfortáveis".

Nenhum comentário:

Postar um comentário