Um dia desses me perguntaram se eu era poeta. Poeta? Não sei. Se o poeta é um ser cuja capacidade de ficar calado ou parado está atrofiada, cuja inquietude é visível na esclerótica, no desaprumo do penteado, no desalinho das vestimentas, se o poeta é um homem que já foi atropelado no trânsito algumas vezes, um ser cujas tempestades estão do lado de dentro, e não na atmosfera, um ser que esquece de fazer a barba: ora, talvez eu seja um poeta.
O poeta não é a aquele que escreve sonetos sentimentais, dísticos sensíveis ou alguns versos em que declara amor a uma certa Marília de Dirceu. O poeta é um homem cujos anzóis foram roubados, e só. Agora ele tem que pescar com as mãos, num oceano do tamanho do Universo.
Boa sorte para o Poeta.
O poeta não é a aquele que escreve sonetos sentimentais, dísticos sensíveis ou alguns versos em que declara amor a uma certa Marília de Dirceu. O poeta é um homem cujos anzóis foram roubados, e só. Agora ele tem que pescar com as mãos, num oceano do tamanho do Universo.
Boa sorte para o Poeta.
O autor Luciano explora a complexidade das coisas, outrora simples.
ResponderExcluirBelo texto.
ResponderExcluirMto bom o texto
ResponderExcluirparabéns
Luciano, parabens !
ResponderExcluirSeus escritos são demais...
Você é o cara que consegue tirar água de pedra, achar agulha no palheiro e colher flores no deserto, com simples jogo de palavras você dá muita vida aos pensamentos.
Abraço do tio Pedro.